Será que toda escolha é excludente?
Será que sempre escolhemos algo em detrimento de
outras coisas?
Quando escolhemos algo, e, por conta disso, deixamos
de escolher outras coisas, é quase uma heresia rever as escolhas, escolhendo
algo do qual tinha abdicado. É como se uma escolha tivesse que ser eterna.
Isso é atravessado pela concepção cristã da
existência, a questão da eternidade nas relações.
Mas o atravessamento capitalista nos convida a mudar
incessantemente. Mas é um mudar pela lógica do consumo, de escolher somente
dentro do que lhe é ofertado, o que é conveniente à manutenção da lógica
dominante. E aí, se você escolhe algo fora desse rol, você é tido como
estranho,colocado em lugar marginal.
Mas o sistema se incumbe de capturar a estranheza,
para eternizar esse mesmo sistema, para reproduzí-lo nas relações
historicamente.
Sendo assim:
Não há nada mais capitalista do que um cristão
E não há nada mais católico do que o capitalismo!