sábado, 18 de agosto de 2012

Sobre as escolhas


Será que toda escolha é excludente?
Será que sempre escolhemos algo em detrimento de outras coisas?
Quando escolhemos algo, e, por conta disso, deixamos de escolher outras coisas, é quase uma heresia rever as escolhas, escolhendo algo do qual tinha abdicado. É como se uma escolha tivesse que ser eterna.
Isso é atravessado pela concepção cristã da existência, a questão da eternidade nas relações.
Mas o atravessamento capitalista nos convida a mudar incessantemente. Mas é um mudar pela lógica do consumo, de escolher somente dentro do que lhe é ofertado, o que é conveniente à manutenção da lógica dominante. E aí, se você escolhe algo fora desse rol, você é tido como estranho,colocado em lugar marginal.
Mas o sistema se incumbe de capturar a estranheza, para eternizar esse mesmo sistema, para reproduzí-lo nas relações historicamente.

Sendo assim:
Não há nada mais capitalista do que um cristão
E não há nada mais católico do que o capitalismo!

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