segunda-feira, 29 de setembro de 2014

O nascimento da poesia

A poesia, nascida
Da mão do poeta
Filha
De corpo todo
Só nasce de parto natural
Não dá pra agendar, planejar, programar,
Forçar
Mas no sentir
Há de se concentrar
aí o teor da poesia
Varia
se o poeta se angustia
deixa fluir
nasce a poesia
e a angústia
apelida de

Alegria!

terça-feira, 2 de setembro de 2014

Poeta leviano

Há quem acredite
E repita
Que o poeta que leva os dias
Pela alegria
E quase nada se alimenta
De melancolia
Está leviando
Leve ando
Pois que a tristeza se busca óbvia
Nos olhos de quem
Andarilha
Armadilha
Pois que, de repente,
Até ele, sozinho,
Sorria!

Mais poesia, menos melancolia!

A poesia me desafia. 
E na poesia que encontro uma saída. 
Com a poesia tudo se clarifica. 
Com a poesia, minha dor se glorifica
E, se me pego suplicando ao doutor 
A cura dessa dor, 
quiçá me felicite um convite 
de poesia levitar
 E a gravidade da vida Jogar de pernas pro ar...
Aí decido chamar o mundo 
para brincar de palavras bagunçar 
Chega de melancolizar Quero mesmo é,
com poesia, 
Pôr a língua a delirar!