sexta-feira, 8 de julho de 2016

Poema de despedida

E ao me ver perto da escolhida
Despedida
Uma dor no peito reclama,
Uma angústia chama.
O que consola é que a força dos laços
Abre caminhos,
Produz desvios
E me faz outra.
E agora não me reconheço
Mais como antes
(ainda bem!)
Um pouco da vida traçamos
Juntos
Mas é preciso despedir, sem, no entanto
Abandonar.
Levo algo deles comigo,
A eles, também deixo algo
(generosidade? Talvez o inevitável).
E aí já não há eu e eles,
Acontece a nossa
Abertura de mundos,
Com tijolinhos de existência!

domingo, 3 de julho de 2016

Obrigada, poeta

Você não tem noção
Da emoção que é
Fazer minhas
As palavras de um poeta.
O coração pula
Ressalta a
Transparecida
Vida
Que ali
Vibra.
Pelas letras, pontos
E vírgulas,
Circulam afetos,
Sutilezas,
Sensações...
Obrigada, poeta,
Por incendiar-me
De paixões!






(Mel)ancolia

Ela contou que sobre o que eu disse,
Sonhou.
Seu inconsciente mostrou
Amor,
Trouxe o Bauman,
Buscou um salvador –
Para o prazo de validade,
Ou para a dor,
Do líquido amor,
Que nos injeta na veia
Essa tal
Contemporaneidade?
Ela me diz que,
Mesmo apaixonada,
Sente melancolia.
Da (mel)ancolia, lhe digo,
Pegue o mel;
E, com paixão, sem paixão,
Misture com a alegria
De amanhecer com
Novo Engenho,
E faça

POESIA!

Eu x tempo

o tempo me atacou
pequena
profunda
em fuga...
me afundou em luto
reluto,
não quero desapegar do que passou.
E agora, o que fazer?
Só me resta é escolher,
aceitar as escolhas
e viver?
Mas eu morri,
não sei mais de mim...
é o fim?
Na cama me deito
levanto
ao redor,
olhar relanço
e digo ao tempo:
eu aceito, batalha perdida!
Vamos juntos, daqui pradiante
Com dor, sem ferida.
Porque de morte também
é feita e refeita

A VIDA!