sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Sozinha, con tanto, contato

Se o Chile me fez reabrir as portas do coraçao Uruguai me faz mantê-las abertas com tranquilidade A calma necessária ao olhar interessado, o contato acolhedor Fazem com que Montevideo, de belezas naturais muito simples se torne brilhante e colorida pelos afetos que aqui circulam Passando por parques, praias, praças e pelo forte batuque do Candombe, passaram por mim a alegria de encontrar vizinhos em país distante, o aperto da saudade do amor que me espera no Brasil, o encanto pela Latinoamérica (cantamos y bailamos) E brevemente lamentos, pelo amor que se foi, se sufocou, se suicidou O lamento passou, ficou em Punta del Leste Lá, onde também lamentei as misérias do povo que para os ricos trabalhou e quase nada ganhou Consigo concluir, enfim que o limite da persistência é o risco do adoecimento, que estar sozinho nem sempre é estar fechado, que nas estradas, nas ruas, nas casas estamos sempre acompanhados Basta estar atento, e se abrir para o contato!

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