terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Remédios para o contemporâneo



 Uma madrugada
Te levantas
Pé na estrada…
Rumo à praia
Lá, pouca gente se vê
Nem seu fim.
No quintal,
Um mundo te ocupas:
Cheirar o vento
Sentir o mar
Olhar os pássaros
A gorjear
Missão da tarde:
Na rede, se ajeitar
Pois que todo poeta é do seu tempo
(esse é de nem viver o passar)
Vem pra cá, vai pra lá
Tablet
Celular
Ilusão de rodeado
Estar
Deixa a luz apagar
O aparelho,
descarregar.
O vento,
quase levar
Sente a vida, antes
Que sinta
Não sentí-la passar...

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