Parece que são
infinitas as coisas que tenho para dizer a ela. A cada mensagem, a cada olhar,
um passeio calmo e singelo pela caótica cidade carioca, se criam infinitos, se
abrem imensidões de possibilidades, e constrói a necessidade de maturar o
desconhecido. O dia a dia, que parece ser tão simples, óbvio e planejado, ganha
cor, música, e aguça os meus ‘sentidos’; nunca senti com tanto cuidado o dia
passar por mim. Os pequenos detalhes, que fazem grandes diferenças, saltam aos
meus olhos. Simples gentilezas em um ônibus, num breve percurso até em casa, e
me percebo em contato atentamente suave com as pessoas, com a chuva, o frio, as
poças d’água. Respiro, e sinto a alegria que até então não encontrava em nenhum
alucinógeno. E vejo que de finitos temos quase nada, visto que somos um
infinito de coisas que ainda não nos permitimos conhecer. E assim tem sido os
meus dias – brandos, coloridos, cuidadosos, apaixonados!
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